quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

A Melhor Foto do Ano


E eis a foto mais gabada deste ano.
Foi tirada em Amesterdão, no momento certo...

JD

domingo, 21 de dezembro de 2008

Escapadinha de 2009!

Amiga Marisa & Amigo Tiago,

Tenho uma proposta para vos fazer para uma escapadela de fim-de-semana como costumamos fazer para o maravilhoso ano de 2009.
Que tal sermos um pouco mais ambiciosos e irmos a Toledo, Mérida e Madrid, para visitar o Escorial… de carro?
Estive entretida a ver as distâncias e é um itinerário bastante interessante e viável.
Ora vejam:
- De Lisboa a Toledo são 590 Km (6H00 de viagem)
- De Lisboa a Mérida são 287 Km (3H00 de viagem) e de Mérida a Toledo são mais 304 Km (3H). Como fica a meio caminho de Toledo, podemos fazer a paragem e visita a Mérida.
- De Mérida a Trujillo são 90 Km (1H00 de viagem) ou de Mérida a Cárceres são 78 Km (1H00 de viagem), ou seja, pode-se fazer aqui um pequeno desvio.
- De Toledo a Madrid são mais 90 Km (cerca de 1H00 de viagem) e de Madrid a El Escorial são 50 Km (48 minutos de viagem)
- De regresso a Lisboa, a partir de Madrid, são 628 Km.

Podíamos dormir em Toledo e em Madrid, aproveitado o feriado de 10 de Abril ou o feriado de 01 de Maio.

Em alternativa e muito mais simples, íamos a Sevilha:
- De Lisboa a Sevilha são só 461 Km (4H30)

O que acham?
Vá lá, toca lá a planear mais um mega fim-de-semana!

Beijos & Abraços
JD

sábado, 20 de dezembro de 2008

Ilha Das Flores

Para o ano quero passar o meu aniversário fora de Lisboa… Vou passá-los, se houver oportunidade e possibilidade, na maravilhosa e encantadora Ilha das Flores.
Tenho lá os melhores anfitriões do mundo e grandes amigos que me preenchem o coração. São duas pessoas impecáveis que, injustamente, têm passado por algumas dores de cabeça e são as pessoas que menos merecem…
Como prenda de anos, quero que cantes para mim, como cantaste naquela casa de fados no teu aniversário. E da mesma forma que me presenteaste com a tua companhia nesse dia, quero também ter a vossa companhia no dia em que envelheço mais um ano. Pode ser? Regina, e de ti quer o teu forte abraço, daquela forma quente que só tu sabes abraçar. Pode ser, não pode?
Quero que me mostrem as cascatas, as lagoas e as flores, quero que me mostrem os recantos todos da vossa ilha de que tanto me falaram. Abriram-me o apetite… e agora estou a caminho.

Um grande beijinho aos dois.
Gosto mesmo muito de vocês…

JD

domingo, 14 de dezembro de 2008

Frase do Dia

Frase do dia: "Si a ti te gusta, a mi me encanta"!!

Autoria: U Magnanimo

É Natal!!!

Hoje estou mais cansada do que é normal... estou cansada de estar doente!
Desde meados de Novembro que apanhei uma constipação e de que não me consigo ver livre! Foi uma semana de calvário, antes das férias que fiz em Novembro, em que me arrastava, literalmente, para o trabalho e em que todo o santo dia dizia para mim própria: ‘é hoje que vou ficar na cama, vou ao médico... não, depois descanso quando for de férias.’
E assim lá fui, quase com 39’ de febre, só para não faltar, para ir adiantado o trabalho em dias que mal conseguia ter os olhos abertos!
Entretanto melhorei, fui de férias, e quando regressei de Amesterdão, precisamente no dia 01 de Dezembro, tive uma recaída.
Até hoje, a lutar contra a vontade de ficar de cama, continuo com esta constipação em cima! Entretanto, já o meu corpo criou resistências contra os Nimed’s, os Cêgripe e os Cortigripe... e isto tudo para evitar o Zitromax (eu costumo chamar os três comprimidinhos maravilha que curam tudo)!
Bem ou mal, cá me vou aguentado...

*

E tal como prometido aqui vai a cartinha ao Pai Natal:

Querido Pai Natal,

Este ano fui uma boa menina, portei-me muito bem e mereço muitas prendinhas ;)!
Nos últimos tempos tenho apregoado uma série de coisas que me estão a fazer falta, mas, meus amigos, já tenho microondas e já me ofereceram o piaçaba!!

Assim sendo, aqui seguem outras ideias úteis:
- Aquecedor (pode ser a óleo, apesar de já me terem dito que gasta muita electricidade. Custa cerca de 80.00 EUR da Rowenta, 1500w, no Jumbo, mas o Media Market tem mais barato!)
- Espremedor de citrinos (5.00 EUR no Jumbo)
- Jarro de sumo (Há no IKEA)
- Fervedor + Ralador
- Picador KRAFTFULL (no IKEA a 8.91 EUR)
- Fritadeira
- Caixote de lixo para cozinha
- Creme corpo Ritualis (o vermelho)

(faziam-me falta uns tapetes, mas isso já tenho de ser eu a oferecer a mim própria, por causa das medidas...)

Pronto, já é uma ajudinha, não?

E agora, caso queiram oferecer prendas e ainda não sabem o quê, a pessoas que não sejam eu, há uns cheques oferta da Abreu, válidos até 36 meses, para descontar em qualquer viagem Abreu, no valor de 10€, 20€, 50€, 100€, 200€ e 500€... hehehe
Outra opção que também parece uma boa sugestão é bilhetes para a peça de teatro “A Arte do Crime” da Companhia Teatral do Chiado, com o mesmo actor que interpreta "As Obras Completas de William Shakespeare em 97 minutos" e "As Vampiras Lésbicas de Sodoma".

Boas compras natalícias
JD

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Prendinhas!

Pessoal, digam ao Pai Natal que já tenho debaixo da Árvore de Natal o CD do David Fonseca com o DVD do concerto que ele deu no Coliseu de Lisboa, em Abril! Ele que fique descansado... (Obrigado 'Nino' :-p)

Assim que puder, publicarei aqui a minha listinha de Natal, para quem não tiver mais ideias!

JD

Serra Nevada

Definitivamente férias na Serra Nevada não são para mim!
Não acho qualquer piada estar no meio de uma estância cuja ocupação de 100%, deixa a praça principal quase intransitável. E é vê-los de ski às costas com aqueles fatos completos, óculos estilosos e botas da neve que obriga um andar meio tosco! Depois vemos famílias inteiras com estes equipamentos todos: o pai, a mãe, o filho e até o bebé de 12 meses com o seu fatinho cor-de-rosa ou azul bebé!
E a primeira vez que se faz férias na neve, há que ter em conta todo o dinheiro que ainda se tem de gastar no aluguer do equipamento, na compra das roupas todas, nas meias de lã e no gorro da Sport Zone… Uma trabalheira!
Depois disto tudo, ainda nos arriscamos a partir uma perna! Não percebo quem queira ir de férias para correr um risco completamente evitável!
Há gostos para tudo e ainda bem que não somos iguais, mas férias que são férias só debaixo do sol das Caraíbas ou depois duma chuva a ver a Sagrada Família!

Valeu pela paisagem…
JD

P.S. – Depois publico umas fotos para agradar os amantes de neve!

Mudanças

Hoje, oficialmente e finalmente, vou mudar de casa (com apenas uma semana de atraso, ao que estava inicialmente planeado)!
Bem sei que tenho sido chatinha nestes últimos 02 meses, sempre a falar na concretização desta minha nova aventura… Sei que já não querem ouvir as novidades da nova colcha que comprei no IKEA para a minha cama, ou da dificuldade em mudar de armário. Só por isso, obrigado a todos os que me aturaram e que me ouviram! Sabem como é, o entusiasmo leva-nos a querer partilhar o que há de bom nas nossas vidas.

No entanto, nem tudo foi rosas. Como sabem, não gosto muito de mudanças. O receio de se mudar para pior, corta-nos muito as pernas, mas, entretanto, neste processo todo, aprendi um bocadinho: há que mudar e há que arriscar. A verdade é que se continuamos sempre na mesma, com medo de viver e de se tomar decisões, andamos sempre a deambular por esta vida e acabamos de nos tornar meros espectadores do tudo o que se passa connosco.
Cansei-me de ser espectadora e agora apeteceu-me ser a actriz principal deste filme!
Se entretanto não correr bem, azar! Há que ter a responsabilidade e a coragem de podermos voltar atrás, corrigir e tentar fazer as coisas acontecerem como queremos. Afinal de contas é a nossa vida e é suposto vivê-la, não?
Claro que digo isto tudo agora, depois de já ter ponderado muito, mas a decisão (que não sendo das mais difíceis da minha vida) foi muito complicada de a tomar.

Mudar a primeira vez de casa é uma decisão que envolve muita gente (‘muita gente’ lê-se as pessoas que viveram connosco até então), é uma decisão que influência o dia-a-dia dessas pessoas, na maioria dos casos, dos nossos pais. E como seres humanos dependentes que somos, é crucial o apoio que a família nos dá! Sei que é complicado ouvir dizer da boca de um filho que agora quer o seu espaço, a sua independência, ainda para mais para ir viver sozinho e há uma série de questões que são logo colocadas: “Mas não se sente bem cá em casa? Não lhe dou todo o espaço do mundo? Eu nem me meto na vida dela, ela faz o que quer…” Mas é simplesmente diferente. O sentido de pertença é diferente, o sentido de responsabilidade é diferente…
Não deixa de ser assustador viver sozinha, mas faz parte da vida adulta, do crescimento.
Bom, faz parte!


Meus amigos, agora vem a parte boa: os convites para as jantaradas ;)! Nota-se que quem for convidado para os jantares lá em casa (espero que sejam muitos, por isso colaborem!), tem uma condição – têm de levar sempre qualquer coisinha, boa?
Lena, tu podes trazer aquela famosa tarte de natas que tanto adoro; Filipe, tu trazes o vinho; Marisa tu trazes o jarro para a sangria e Tiago, tu trazes a tua boa disposição e as tuas piadas tolas… A lista pode ser interminável!


Até lá, boas festas, muitas rabanadas e cuidado com os excessos que os ginásios estão caros!

JD

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Livro Cor-de-Rosa

Um dia vou escrever um livro cor-de-rosa, bem ao estilo da Rita Ferro ou da Margarida Rebelo Pinto! Este livro, teria de ter um título bastante sugestivo que ilustraria parte da minha vida, cuja capa teria esta pequenita pergunta sobre uma cor irritantemente vermelha: “Porque é que nos apaixonamos sempre pelas pessoas erradas?”.
O conteúdo do livro seria simples: o retrato das minhas falhadas e tristes relações, personificadas numa personagem imaginária e com intervenientes imaginários… (qualquer semelhança com a realidade não é pura coincidência!)

Aqui, e para dar um cheirinho do que poderá vir a ser um best seller, a personagem principal – a quem irei chamar Raquel para tornar este devaneio mais fácil aos leitores – salta de relação em relação: primeiro conhece um famosíssimo engenheiro, já com alguma idade, algo experiente (não sei bem em quê), e com um filho de 8 anos, mas que tem uma eterna paixão pela sua ex-mulher e uma mágoa muito grande por ter deitado para o lixo um casamento que lhe dava todo o conforto de uma vida familiar estável. Na sua máxima frustração, procura encontrar nas moças mais jovens, as únicas ingénuas que ele ainda consegue captar a atenção com o seu cativante discurso, a estabilidade emocional que não encontrou no seu antigo casamento.
Depois do engenheiro ter chegado à conclusão de que a Raquel, bem como todas as outras miúdas que lhe seguiram, não lhe satisfaziam o intelecto, lá teve a “nossa” querida Raquel partir para outra!
Segue-se o grande amigo de infância, que, apesar de nunca terem a coragem de assumir qualquer sentimento para além da amizade, o envolvimento é inevitável. Neste caso o problema é que o amigo é muito novo para assumir qualquer relacionamento mais sério e quer é “curtir a vida”, mas sempre mantendo a esperança num futuro mais colorido e a porta aberta a futuros desenvolvimentos.
No fim, vem o informático que é a paixão da vida dela! É exactamente neste ponto que Raquel se desgraça completamente, porque apaixona-se por um rapaz que acabou uma relação de vários anos, bastante complexa e complicada, e que não se sente nada preparado em se prender com novas namoradas… No entanto, desta vez Raquel não consegue desligar-se ou partir para outra, tal é o forte sentimento que nutre pelo informático!
E eis que, no clímax do livro, acontece algo trágico com a nossa personagem principal (nestes livros, tem sempre de haver um “quê” de tragédia): ou entra em depressão e tenta suicidar-se, ou tem um acidente qualquer de automóvel, ou tem uma doença qualquer e tem pouco tempo de vida!
E assim se resume a maioria dos livros cor-de-rosa em que o que muda são os nomes dos personagens e as suas profissões. De resto é tudo a mesmíssima coisa!

Falando da referenciada Margarida Rebelo Pinto, de que (e sublinho) nunca li nenhum livro, posso dizer que não há tipo de escritores mais chatos do que esses dos livros cor-de-rosa e de que a Margarida Rebelo Pinto faz parte!
Rotulada como escritora light, acusada de plágio e de ter deficiências graves como escritora, a questão é que é uma das escritoras mais lidas deste nosso país e com livros publicados já em todo o Mundo! Será isto a tradução da preguiça que tanto caracteriza os hábitos de leitura dos portugueses? Afinal de contas, ela até escreveu um livro intitulado “I'm in love with a Pop Star”! É ou não é trágico?

De qualquer forma, gostando ou não desta escritora, descobri um excerto de um texto dela que, apesar de não traduzir a fase que estou a passar agora, não deixa de ser curioso e dar que pensar se a mudança é mesmo uma coisa positiva (ainda acredito que sim):

“Não devia estar no meu perfeito juízo quando decidi mudar de casa, mas quando a vida não nos deixa mudar o que mais queremos, vingamo-nos dela e inventamos logo mudanças que só nos vão encher os dias de tarefas inglórias perante as quais arregaçamos os braços da vontade e conseguimos esquecer o que era mesmo importante.”


Boas Leituras, Beijos & Abraços
JD

domingo, 30 de novembro de 2008

Amesterdão

Meus caros cinco ou seis fiéis leitores,

Já voltei da fria e apaixonante cidade de Amesterdão.
No entanto, cada vez mais chego à conclusão que, em cada viagem que faço, me surpreendo menos. Parece que, mesmo apesar de nunca ter estado em Amesterdão, esta cidade não me apresentou muito de novo. Isto poderá acontecer por várias razões: ou porque já vi muitas fotografias da cidade, porque já li muito sobre ela ou porque, como já conheço algumas cidades europeias, as comparações são inevitáveis e, por isso, a novidade deixa de ser uma surpresa.
Uma coisa que achei impressionante foi realmente a quantidade e a velocidade com que os habitantes se deslocam nas suas bikes. Os canais são lindíssimos e o frio foi cortante, mas, nem mesmo assim, foi impeditório de conhecermos Amesterdão toda a pé!
Outra coisa irritantemente impressionante foi a comida e a falta de café: a questão do café já os portugueses estão habituados a nunca conseguirem encontrar um café em condições como cá em Portugal, mas para além disso, é incrível como só se encontra restaurantes tipicamente… mexicanos, argentinos, espanhóis, fast food, Macdonald’s, Burger King, etc., e comida holandesa? NADA!! Acho que aquela gente nem sabe bem o que é comer!
Agora, o que eles sabem bem fazer é fumar! J
Da mesma forma que nós saímos do trabalho e vamos beber um café para espairecer, eles vão aos coffeeshops para fumar. Atenção que na teoria só se fuma nesses “cafezinhos”e lá não servem bebidas alcoólicas para evitar as misturas. Drogas à parte, a verdade é que não se vêem drogados pela rua como vemos em Portugal, e como está tudo legalizado, também não se vêm excessos – acho que o pensamento é um bocado este “amanhã há mais…”.
De qualquer forma, para quem não fuma ou não sabe fumar (que é o meu caso), é completamente frustrante ir às coffeeshops! Mais depressa fico com a ‘moca’ se beber uma garrafa de Beaujolais Nouveau Francês (eleito o vinho do anos 2008) do que a tentar fumar uma ganza!
Para além de Amesterdão ainda conseguimos ir a Ultrech e a Roterdão… somos umas máquinas! O caricato é que, logo no primeiro dia, na chamada “volta de reconhecimento” (que na verdade deveria era ser chamada a volta de conhecimento) andámos tanto (iiiiiiiiiii à roda, à roda), que chegámos à conclusão que tínhamos visto a cidade toda!


Next Stop: Disneyland, Paris!!


O pior de tudo é mesmo voltar a Lisboa, ao trabalho, à neura dos centros comerciais, às más notícias e aos caixotes que tenho de arrumar na minha novíssima casa!


Um abraço
JD

P.S. Posteriormente publicarei a melhor foto do ano e destas férias!!!

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Casino Lisboa

Boas noites!
Aqui segue o post da tortura: quem me conhece sabe bem o quanto gosto de assistir os concertos do David Fonseca...
Aqui segue a porcaria de video que consegui gravar no último mini-concerto que conseguimos assistir.

(Marisa, este é o video em que se ouve menos a nossa cantoria! No entanto, lá estás tu a gritar "É esta que eu gosto" - 'The 80's')





Um abraço & Até ao meu regresso!
JD

sábado, 15 de novembro de 2008

Músicas de Natal

Umas das coisas que mais odeio no Natal são... as músicas de Natal!
Posso até dizer que não suporto qualquer música que tenha a ver com o Natal. Se houvesse um TOP10 das piores e das mais ouvidas músicas de Natal (que até acredito que haja), elegia os seguintes três primeiros lugares:
1º “Last Christmas” do George Michael
2º “All I want for Christmas is you” da Mariah Carey
3º “A todos um Bom Natal” (não sei o autor)

O pior de tudo, e para mal dos meus pecados, é que, quem trabalha em centros comerciais, a injecção é grande!
Hoje começou ensaboadela deste género de músicas, que vai acompanhar as compras de Natal até Janeiro do próximo ano. Até parece que o CD é o mesmo, mas é tocado vezes e vezes sem conta.
E se fazer compras em centro comerciais com carradas de gente aos empurrões, quase por um ‘obrigação’ dissimulada pelo chamado espírito natalício, ouvir estas músicas o dia todo, desde as 10H00 da manhã às 23h00 da noite, é muito pior. É que quem vem fazer as compras de Natal só têm de se preocupar em se desviar dos carrinhos de bebés, dos dedos assassinos de uma desconhecida desatenta, que derrepente decide apontar para “aquela coisa ali” sem reparar que vai uma outra pessoa inocente a passar (e que hoje quase me ia furando um olho) ou em conseguir comprar aquele livro (sim, porque tem de ser aquele livro, senão o mundo acaba já ali. Ora pensem só no transtorno que causa se o livro estiver esgotado? Lá terá de se fazer uma encomenda que demora séculos a vir ou então tem que se palmilhar todos os outros centros comerciais de Lisboa até encontrar o desgraçado livro)!

No entanto, nem tudo é mau no Natal... e eis que o famoso David Fonseca presenteou-nos, já o ano passado, com a sua cover do famosíssimo tema “Amazing Grace”. Não posso deixar de referir que, apesar de ser um dos cantores portugueses mais criticados por fazer bastantes covers, é dos poucos artistas que consegue transformar os covers bem melhores do que os originais. “Amazing Grace” não é excepção. Ora percam lá 05 minutinhos no YouTube e espreitem essa versão que vale a pena!

(Falando em David Fonseca, não posso deixar de agradecer aos meus queridos amigos que, depois de assistirmos ao último concerto que ele deu no Casino de Lisboa e depois de uma atribulada perseguição ao carro da Rita Red Shoes, que simpaticamente deu boleia ao David, ainda decidiram ir a correr - literalmente a correr - para descobrir que o David é vizinho deles! É caso para dizer "Agora sei onde moras"!! Temos perseguidores...)

(Entretanto, nem acredito que neste preciso momento estou a ouvir o “Jingle Bell”)

Boas compras natalícias!
JD

Os nossos "profs"

Hoje fui confrontada por uma situação caricata.
Não sei bem porquê, mas o Chiado é uma zona em que, na Agência, apanhamos de tudo! E, acreditem, ouve-se com cada história...

Desta vez, veio ter connosco um professor, vejam bem, de Economia, a solicitar ajudar no sentido de podermos fornecer alguma documentação sobre Agencias de Viagem, de modo a ajudar a leccionar a sua cadeira, que (já nem me lembro bem o nome pomposo) tinha qualquer coisa a ver com Organização de Empresas Turísticas. Nelas, enquadram-se as companhias aéreas, a Hotelaria, as Agência de Viagem, etc...
O curso que o senhor estaria a dar era um daqueles técnico-profissionais em que os alunos teriam 03 anos de aulas que correspondiam do 10º ao 12º ano.
E eu pensei cá para os meus botões: ‘como é que é possível os alunos saírem bem preparados para o mercado de trabalho se o Ministério coloca professores licenciados em Economia a dar, segundo o senhor, pela primeira vez, aulas de técnicas de turismo? É óbvio que estes alunos vão sair do curso sem saber sequer como funciona uma Agência! É assustador!
À medida que a conversa ia-se alongando, mais perplexa eu ficava... Então o senhor veio à FNAC para ver de um sistema qualquer informático para poder aplicar nas suas aulas, em que consistia +/- numa actividade prática muito estúpida: pelo que entendi, os alunos, com esse sistema, teriam de “desenhar” ou fazer uma maquete de uma Agência de Viagens, porque, pelas próprias palavras do senhor professor, “vou fazer assim, pois já sei que vai ser difícil fazer uma visita de estudo às agências de viagens”. E, mais uma vez, eu pensei: ‘OHHH Meu Deus!’
Resumindo, o senhor não faz ideia do que é trabalhar com o Galileo ou com o Amadeus, não faz ideia do que é o atendimento ao balcão, não faz ideia qual a funcionalidade de um voucher, não sabe como é que as brochuras chegam às lojas, as diferenças entre o operador e uma agencia de viagens,... enfim, o básico!

Bom, não sou nada contra os cursos técnico-profissionais, aliás, até acredito que nesses cursos, os alunos até podem sair melhor preparados para o mundo do trabalho, uma vez que devem ser mais práticos e, para quem quer trabalhar numa agência de viagens, acreditem que a prática é tudo. Mas o problema é que, estes alunos não vão aprender nada, quando os professores que dão as aulas, não percebem nada do mercado, do que estão a dizer...

Como é natural, a conversa foi dar ao assunto da actualidade: a avaliação dos professores. Ainda não tinha pensado no assunto, mas, vendo bem, sou a favor destas avaliações, principalmente depois de ouvir tanto disparate da boca de um professor que dá aulas desde 1988!
Quem é que ainda não teve um professor que, anos após anos dá a mesma matéria, os mesmos apontamentos; ou que, na faculdade, dá matéria de 10º ano (isto é flagrante, e aconteceu com o nosso ano em geografia e, lá está, tivemos de expulsar a ‘Prof’ da faculdade!); ou ainda, que se limita a ler o que está nos cadernos.
Por isso acho que, da mesma forma que os alunos têm de ser constantemente avaliados para poderem estar minimamente aptos para mundo profissional, os ‘profs’ também têm de ser avaliados por aquilo que fazem, até porque é com base naquilo que fazem que podem surgir, ou não, os bons profissionais.

Acredito que, para que os professores sejam mesmo bons no que fazem na sala de aulas, têm, antes de mais, de ter a prática na ponta de língua. Se o professor tem de dar uma aula de técnicas de turismo, é essencial que saiba trabalhar, ou pelo menos, que saiba o que se passa dentro de uma agencia de viagens; se o professor dá aulas de arquitectura, os bons professores, têm de ter um projecto qualquer em mãos... Só assim é que podem transmitir os seus conhecimentos de forma mais eficaz, porque a teoria não é tudo!
Os melhores professores que tive na faculdade, foram aqueles que trabalhavam no ramo!

Desculpem lá senhores professores, mas é a minha modesta opinião: para estarem lá, ao menos que saibam o que andam a fazer com nosso futuro!

Beijos e Abraços
JD

domingo, 5 de outubro de 2008

Mamma Mia

Não tenho por hábito gostar muito de musicais, aliás, são raros os musicais que realmente me impressionam, mas desta vez achei por bem arriscar!
Influenciada por opiniões de várias pessoas, lá decidi ver o famoso filme “Mama Mia” e, não sendo grande apreciadora das músicas dos ABBA, tenho de dar a mão à palmatória…
A história do filme não é grande coisa, mas está excelentemente interpretado pela grande Meryl Streep. Lembro-me de pensar, durante o filme, a quão excelente esta actriz se tem demonstrado, a grande versatilidade de filmes que tem interpretado é realmente surpreendente (ora vemo-la em dramas, ora em comédias e agora em musicais). Também pensei que devem ter dado um grande cachet para convencer grandes actores como o ex-James Bond a cantar!

A mais valia foi, sem dúvida, o local que escolheram para as gravações.
Mesmo que o argumento não seja grande coisa e mesmo para quem não gosta dos ABBA, basta ver as lindíssimas paisagens das ilhas gregas… Para quem ainda não viu o filme, tenham atenção àquela maravilhosa cor turquesa & transparente da água (é que é mesmo assim), tenham em atenção à arquitectura rústica da casa ‘Vila Donna’ e não deixem de reparar na maravilha que é subir aquela escadaria toda até à Igreja, e sermos abençoados pela linda paisagem sobre o Mediterrâneo.

Resumindo, e sem desvendar o essencial do argumento, este é um filme em que apetece lá estar, apetece saltar da cadeira do cinema e fazermos parte de toda a animação contagiante dos actores, apetece cantarolar as músicas que todos nós conhecemos (o que também é um feito, que um grupo musical consiga viver durante várias gerações – quem não conhece “Dancing Queen”, “Money, Money, Money” e outros temas?), apetece estarmos naquela ilha e é um filme que nos consegue pôr bem dispostos.
Há muito tempo que não me deixava encantar assim por duas horas e tal de cinema.

Um Abraço
JD

domingo, 28 de setembro de 2008

Parar para Viver - Parte III

Pessoal,

Como hoje me sinto particularmente romantica, envio um link para uma proposta de fim-de-semana... romantico, claro.
Aqui, o que nos vai cativar é a tranquilidade, a possibilidade de fugir do stress das grandes cidades, disfrutar o momento com uma boa companhia e rendermo-nos ao espaço, à piscina, ao Spa, à envolvência e aos sabores do restaurante.

www.malhadinhanova.pt

(PS - Não é para todas as carteiras, mas vale a pena parar para viver!)

Um abraço JD

sábado, 27 de setembro de 2008

CountDown

Caros leitores,

É com um enorme prazer que informo que já iniciei a contagem decrescente para mais uma aventura.
Desta vez iremos pairar pela Dam Square e pelo Bairro mais famoso de toda a Europa.

Aqui, o meu obstáculo é grande, porque duvido que até lá consiga aprender a andar de bicicleta! Por isso, e como já se vai tornando habitual, terei de contar com os meus pezinhos para correr a cidade de Amesterdão.
No entanto, e como se essa cidade não fosse suficientemente bonita, decidi fazer um ligeiro desvio até à vizinha Paris.
É verdade, vou voltar a uma das cidades mais apaixonantes da Europa que tive a oportunidade de visitar.
O entusiasmo é grande, os planos são muitos e já só faltam 58 dias!

Ahhh e a companhia também promete muitas surpresas e muitos bons momentos!

Darei mais notícias…

JD

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Uma Boa Sugestão

Deixo aqui uma ideia de um bom restaurante, com um excelente ambiente e onde se come muito bem!
Recomendo de entrada a morcela com maça e a sangria de espumante com frutos silvestres ;)

Sacramento - www.sacramentodochiado.com

JD

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Fim do Verão

Queridos Leitores (início digno de uma verdadeira Maria ou Ana ou até mesmo da Mariana),

É com alguma nostalgia que o Verão e o calor chegam ao fim e é com uma certa relutância que voltamos a ter aquela chuvinha que provoca todos aqueles acidentes nas auto-estradas, que lavam o nosso carrinho da poeira (que os caminhos arenosos das escondidas praias nos trouxeram). Chega ao fim todos festivais de Verão, os excelentes concertos dados em tendas gigantes e regressa a má disposição de ter de acordar, ainda de noite, para apanhar com o frio no corpo... Chega também a vontade de ficar em casa aos fins-de-semana, aninhados no sofá com a chuva lá fora a cair, chega a vontade de querer beber um chá quente antes de dormir.

O solinho agora... só o vamos ver no São Martinho ou, com muita sorte, pode ser que ainda se consiga dar um mergulho de despedida, num dia qualquer do Verão de Setembro. Tenho ainda essa esperança.
Até lá fica um recuerdo deste Verão...



See you soon
JD

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Tesourinhos Deprimentes - Parte II

Não consegui resistir... tinha de publicar mais uma famosa sessão de karaoke caseira.
Desta vez decidi partilhar um original chamado "Cabelão do João"




Obrigado aos intervenientes por darem a oportunidade partilhar este grande momento com os leitores do blog - Sempre tiveste alma de artista!

Um Abraço JD

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Parar para Viver - Parte II

Meus amigos,

Mais que uma escapadela, hoje sugiro uma novidade…
No dia 21 de Maio deste ano, Portugal ficou mais rico com a abertura do novíssimo Aquafalls Spa Hotel.
Localizado em Vieira do Minho, este Hotel partilha as vistas com o rio Cávado e com a Serra do Gerês.
Aqui, para além de fugir à movimentada vida da cidade, pode relaxar junto da maravilhosa piscina interior deste Hotel, pode tomar o pequeno-almoço sobre a Caniçada ou pode apenas usufruir de um dos tratamentos que o Hotel tem para oferecer. Se se fartar, pode pegar no carro e conhecer melhor esta região.

Aqui segue o Link: www.aquafalls.pt

Um Abraço
JD

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Tesourinhos Deprimentes

Meus amigos,

Desculpem lá mas estas cenas também fazem parte da vida, por isso não posso deixar de publicar um dos nossos best of...
Ainda estive uns minutos a pensar sobre qual dos tesourinhos deprimentes poderia publicar aqui e este pareceu-me o melhor (ou o pior, dependendo das prespectivas).

Desta vez a culpa foi da sangria, certo?

Aqui vai a desgraça:



Um Abraço
JD

Parar para viver – Parte I

Uma das coisas que aprendi durante o meu curso de Turismo foi saber valorizar o potencial turístico do nosso Portugal. No mundo do Turismo, ainda está muito enraizada a cultura de viajar para a Europa, para as praias das Caraíbas ou para as Maldivas.
É claro que não digo que não o façam, no entanto, antes de voarem para fora, conheçam primeiro o Portugal, que tem tanto para se ver e viver.

O slogan “Vá para fora cá dentro” não poderia ser melhor para tentar expor esta minha nova saga… Assim, e tendo como pano de fundo este slogan, vou sugerir aqui algumas alternativas deliciosas para podermos parar para viver.

Aqui vai a primeira:

Charcas Lagoon Resort 4* - Localizado em Ponte de Sor, em Portalegre
Ora espreitem lá: http://www.abreu.pt/programacao.aspx?cat=AU&prog=16180&chot=43493&chent=0#
(não encontrei o site oficial do Hotel)

Um Abraço
JD

sábado, 16 de agosto de 2008

Um bocadinho de mim!

Pois é... a semanita no Algarve também já era!

Todos os anos, desde que me conheço, vou para Monte Gordo. É lá que faço a vida estúpida que não posso ter ou fazer aqui em Lisboa: Estamos literalmente a 20 passos da praia, temos a possibilidade de almoçar e jantar todos os dias numa varanda invejável, e depois entramos numa rotina científicamente impossível de quebrar, apesar de todos os esforços humanos, que é levantar +/- cedo, tomar o pequeno-almoço (torradinhas e leite com cinco colhetes de chocolate), chegar à praia quase ao meio-dia, ficar a torrar até às duas da tarde, voltar a casa, fazer a salada e pôr a mesa. Depois é a trabalheira de decidir quem é que vai lavar a loiça, a trabalheira de levantar a mesa e a trabalheira de ir ao café. Nisto são cinco e meia da tarde... toca a ir para a praia outra vez, toca a estender a toalha na areia e, se tiver sorte, pode ser que ainda consiga dormitar um bocadinho ao sol. E como a praia é mesmo ao lado de casa, temos o privilégio de poder ficar a tomar as banhocas até ao pôr-do-sol. Oito da noite, já o sol se vai escondendo, são horas de chegar a casa, tomar banho e jantar. Quando damos por nós já é tão tarde que até os café já estão fechados e as barraquinhas das farturas já nem têm churros.

E esta foi a minha cansativa rotina da passada semana (vista da minha prespectiva, claro, porque há ainda a prespectiva de quem tem que grelhar o peixe, de quem tem que ficar a jogar à bola interruptamente na praia e de quem tem que cortar a melancia aos quadradinhos)!

Mas o que gosto mesmo é chegar a Lisboa de cabeça fresca, com vontade de distrubuir boa disposição a todos os que invejam o nosso bronze e, ainda melhor que tudo isto, é o ar saudável que apresenta a nossa carinha que, especialmente nesta altura, dispensa qualquer tipo de maquilhagem e sem necessidade de colocarmos o anti-olheiras habitual. As únicas marcas que temos são as do biquini!

No entanto, Monte Gordo não é Monte Gordo sem a nostalgia e as saudades de alguém muito especial, que já teve a oportunidade de gozar conosco aquele mesmo sol, aquela rotina, as palhaçadas de sempre, as decisões que marcam as saborosas refeições e aquela varandinha. Para tentar perceber um pouco melhor estas saudades fui roubar um pouquinho daquele por-do-sol, daquela chaminé, daquela vista, mas descobri que esse cantinho ainda tem o mesmo cheirinho e a mesma presença que é a tua e, independentemente de tudo, descobri que esse cantinho é teu. Não há ninguém que se senta atrás dessa chaminé e não se lembra de ti... ninguém mesmo. E apesar das saudades, é bom sentir que ainda andas por aqui.

Um abraço JD

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Memórias de um Diário - Parte I

“... Nessa altura ficámos os dois muito pensativos e com um olhar bastante comprometedor. A partir desse momento a conversa foi mais do tipo:

- Em que é que estás a pensar? – disse ele

- Então, os olhos não são os espelhos da alma? Tens que lê-los!

- Eu não sei ler nos olhos...

- Mas então não olhes assim para mim! – dizia eu enquanto ele me olhava intensamente...

- Aliás, eu sei ler nos olhos, mas não o quero fazer!

- Porquê? Por medo?

- É mais por ser bom demais para ser verdade...

- Vamos andando? Senão atraso-me.

- Agora estou bem aqui!

E quando menos esperava, beijou-me. Foi neste momento que me esqueci de tudo o resto... Agora só interessava este beijo.”

Camping


Uma das coisas que sugiro aos meus clientes que só têm dois dias de férias, é para fazerem uma escapadela aqui por Portugal. Ainda para mais agora que no Verão as alternativas são maiores. Há sempre mil e uma coisas para fazer ou visitar e só quem tem perguiça de sair de casa, muitas resposabilidades ou falta de dinheiro é que fica em casa a vegetar em frente à televisão!

Sei que não devia julgar ou criticar este tipo de pessoas, porque cada um faz o que bem entender do seu tempo livre, mas para mim é totalmente incompreensivel quando há a oportunidade de sair um bocadinho de Lisboa e a resposta é “haaa e tal, porque não me apetece!”.

Como eu não sou nada assim e como até tenho amigos que também não o são, junta-se o útil ao agradável, enche-se o depósito de gasolina, agarra-se no mapa das estradas e lá vamos nós...

Este fim-de-semana a escapadela foi diferente. Fomos acampar para Odeceixe. Para mim foi uma estreia, mas se houvesse um top 10 das coisas que não poderíamos deixar de fazer nesta vida, esta estaria provavelmente em 4º lugar. Pela primeira vez, dei comigo a viajar sem apartamento reservado, sem grandes planos ou sem grandes pressas. E correu tudo muio bem!

Disseram-me, “epá Joana, vais logo no primeiro fim-de-semana do mês de Agosto, vais apanhar um trânsito!” E daí? Não tenho pressa, não tenho horas, aliás, nem tenho relógio. Só preciso de estar em casa na próxima segunda-feira às 08h00, o mais tardar... É algo que adoro: poder sair sem pressas de chegar a algum lado, sem correrias, é sinal de fim-de-semana e de descanso (para horários já bastam todos aqueles que tenho de controlar e saber para que o passageiro X não corra o risco de perder o voo!).

É claro que saímos de Lisboa ligeiramente mais tarde do que previa, é claro que apanhámos transito, é claro que nos perdemos na saída para Sines, mas nada disso interessou quando chegámos a Milfontes para jantar. Nesta altura, a noite ainda era um bebé! Comemos tostas, gozámos com as figurinhas dos betinhos todos das camisolas às riscas, analisámos o ritual da corte, ou melhor a canção do bandido, entre um algarvio e uma brasileira toda boa, e fizémos tempo para não dormirmos ao relento! No entanto, como o destino final era Aljezur, fizémo-nos à estrada, madrugada fora...

Chegando a Aljezur, ainda tinhamos duas maravilhosas horas de sono antes do nascer do sol e ainda só era sexta-feira! De qualquer forma, dormir só na praia... e lá fomos andando, andando, andando e parámos mesmo junto à Praia de Odeceixe – não a mais bonita mas uma das mais bonitas da costa vicentina. Aqui sim é que foi dormir ao sol! “Joana vira-te, já estás a ficar vermelha nas costas! Joana vira-te, já estás a ficar vermelha nas mamas!” – Adoro dormir na praia.

Esta é outra coisa que muita gente não entende em mim: é que eu vou para a praia para dormir! Não é para jogar à bola, nem para jogar raquetes, nem para socializar... eu gosto é de dormir! Mas melhor que dormir, é poder adormecer depois de uma bela banhoca no mar, sentir o sol a secar a pele... Ok, pronto, também gosto de andar um pouco à beira-mar!

Bom, o parque de campismo de Odeceixe tem excelentes condições para acampar. Para além dos bungalows, tem piscina, um mini mercado, um bar e os balneários estão muito bons. Achei imensa piada a algumas tendas que são transformadas em autenticas casas. São verdadeiro profissionais desta modalidade de férias! Eu, por enquanto, fico só com a vontade de ir uma semana de férias, com a tenda no carro e por-me a andar, por aí, sem destino, estrada fora, e ir parando e ficando por onde me apetecer... Vamos?

Aljezur tem um bar muito engraçado: o Pont’a Pé. Aqui já é ligeiramente diferente de Milfontes. Gostei mais do pessoal, do ambiente... Nessa mesma noite ainda pairámos pela Arrifana.

No dia seguinte, e como o fim-de-semana só tem dois dias, lá tivémos de desmontar a “nossa casa” e fizémo-nos à estrada: tomámos o pequeno-almoço na Zambujeira, fomos ao banho na praia de Almograve, almoçámos em Milfontes e apanhámos os últimos raios de sol em Porto Covo.

Que rico fim-de-semana!

Agora tenho de ir lavar os bikinis porque o próximo é no Algarve!

Boas férias, apanhem muito solinho (mas cuidado com os escaldões) e boas sonecas na praia ;)

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Night Cruise

No outro dia fui beber café com um amigo, também bem conhecedor do mundo das viagens.

Falei-lhe nas minhas férias e no meio do relato de alguns episódios engraçados que aconteceram no cruzeiro, surgiu-nos uma ideia muito vanguardista, apesar de não ser inédita.

E que tal fazer um cruzeiro à noite no Mediterrâneo?

Esta ideia surgiu para combater um dos pontos mais negativos de se fazer um cruzeiro: é que conhecermos as cidades de dia, mas, como o barco navega durante a noite, temos sempre de embarcar por volta das 18H00/19H00 e assim, nestes moldes, nunca temos possibilidade de conhecer a noite das cidades europeias.

O Nigth Cruise, faria o contrário: navegava durante o dia, desembarcava nos portos de cada cidade por volta das 19H00/20H00 e o embarque teria de ser feito +/- por volta das 12H00/14H00, dependente do destino.

Cada passageiro teria de ter uma pulseira identificativa para que não corresse o risco de perder o embarque do cruzeiro, porque já sabemos que à noite há sempre quem exceda o álcool, assim, uma hora antes do embarque, seria enviado um género de uma mensagem vibratória (sim, teria de ser vibratória, não tivesse o passageiro a dormir algures no passeio do Mykonos), de forma a acordar/alertar o passageiro para embarcar.

Dentro do cruzeiro, cada divisória teria de ter um bom sistema de som, umas boas colunas, um bom DJ que agradasse a todos: na piscina, nos vários bares, no casino, e em algumas salas até poderia ter uma música mais relax. Este tipo de cruzeiro teria também de ter a sala do sono, que seria a sala de recuperação das ressacas. Aqui, os tripulantes ofereciam massagens ou qualquer outro serviço ‘zen’.

Claro que o serviço de refeições e bebidas estariam incluídas. Os clientes apenas teriam de comprar, caso quisessem, as excursões do cruzeiro.

As excursões poderiam ser os City Tours By Night, um Jantar num determina do restaurante ou entradas para determinados bares/discotecas, com oferta de um consumo mínimos de 10 €, por exemplo. Depois também haveria quem pudesse ficar no cruzeiro a ver as estrelas ou um bom filme nocturno...

E agora a questão habitual, colocada por todos os clientes que nunca fizeram um cruzeiro antes, e não têm a mínima noção de como tudo funciona: “E o que é que fazemos durante o dia no cruzeiro?”

Durante o dia, podem fazer mil e uma coisas: as senhoras têm a possibilidade de ir ao centro de beleza para se prepararem para a Night. Como em qualquer cruzeiro, esta também teria cabeleireiro, workshops para aprender a maquilhar, manicure, pedicure, etc. Teria as habituais lojas para as comprinhas de última hora. Os senhores teriam o ginásio ou o workshop de fotografias; e teriam o centro de SPA com o jacuzzi, banho turco, sauna e a grande piscina exterior, com as suas espreguiçadeiras à volta – este espaço também seria ideal para recuperar da noite.

Seria um sucesso...


domingo, 29 de junho de 2008

Os Cognomes

Desde à muitos e muitos séculos atrás, tornou-se um hábito dar cognomes aos reis de Portugal e arredores. Inicialmente, o cognome era o terceiro nome com que os cidadãos romanos eram conhecidos. Não sei ao certo como tudo evoluiu, mas ainda hoje em dia são ultilizados cognomes, apesar de se lhe dar outro nome, mais conhecido por alcunhas. O ponto em comum que possa existir entre a alcunha e o cognome é que, já no tempo dos romanos, muitas das pessoas eram conhecidas só pelo seu cognome. O mesmo acontece com as alcunhas.

De certo modo, até estou muito contente por esta evolução dos tempos: detestaria ser conhecida pelo meu terceiro nome, o que não faz nenhum sentido, já que tenho um primeiro e um último nome engraçadito (para quê estragar a reputação?). Assim como assim, até preferia que me continuassem a chamar Joaninha, como têm feito até hoje.

Joaninha não é um alcunha, é um diminutivo, e reparando bem, durante toda a minha vivência escolar, nunca tive uma alcunha. Fui sempre conhecida pela Joaninha... De tal forma que até já me habituei e estou convecida que irei chegar aos 30 anos com certas pessoas a chamarem-me Joaninha. No entanto, só mais recentemente é que consegui ter uma alcunha válida, aliás, duas (não as divulgarei por amor-próprio e bom senso, claro).

Bom, esta conversa toda surge porque hoje, numa interessante conversa telefónica, surge uma certa curiosidade em relembrar o cognome de dois dos nossos reis de Portugal:

- O primeiro assinalou o inicio da 2ª Dinastia – a de Avis – e assinou um dos tratados mais importantes para Portugal, assegurando o inicio de uma das ligações que se têm mantendo (apesar dos diferentes moldes), até aos nossos dias, o Tratado Luso-britanico de Windsor. Foi um reinado marcado por enormes renovações, e deixou a todos a Boa Memória de um bom reinado. D. João I, O da Boa Memória.

- O segundo, foi o grande explorador da era das descobertas e dedicou grande parte do seu reinado à politica da exploração atlântica. Foi no seu reinado que os Descobrimentos Portugueses tiveram maior relevância, tornando-se no perido de maior importância para Portugal. D. João II, O Príncipe Perfeito pela forma como exerceu o Poder.

Também eu conheço o João I e o João II. A comédia das cuincidências é que, até mesmo passado séculos, mesmo depois dos cognomes passarem a ser conhecidos como alcunhas, os cognomes/alcunhas continuam válidos para os Joãos que conheço: o João I é o da Boa Memória, porque “deixou a todos a Boa Memória de um bom reinado”; o João II é o Principe Perfeito, “pela forma com exerceu o seu poder”.

Se quisermos ir ao extremo da divina comédia, também temos uma Joana I! Só que a rainha Joana I - considerada muito bela e inteligente -, não foi rainha de Portugal, mas sim de Castela. O cognome dela era... a Louca.

Vai-se lá perceber estas coisas...

quarta-feira, 25 de junho de 2008

Banho de Espuma

Hoje decidi substituir o habitual treino no ginásio por um banho de espuma.
Derrepente lembrei-me que não o fazia à anos... e o melhor é que parte do efeito que o banho de espuma provoca é o mesmo que ir ao ginásio, sem ter que suar e sem ter que pagar qualquer mensalidade; é só encher a banheira, água morna, um bom gel com perfume a morango e mergulhar numa hora de qualidade. Depois, é quase como tivesse corrido na passadeira: descontracção total!

O engraçado de tudo é que durante este tempo de qualidade dedicado a nós próprios, passa-nos pela cabeça os mais variados temas e situações ou acontecimentos da nossa vida mais recente.

Lembrei-me que, num dos meus pensamentos, as pessoas reservam sempre grandes expectativas em relação ao novo ano que virá "este anos é que vai ser!". Vai ser o quê? Os impostos vão aumentar, o combustível vai ficar mais caro, aumentos de ordenado, nada... É sempre uma promessa inconsciente de algo novo, de uma mundança, só para nos sentirmos melhor e para não sentir o tempo a passar ou, talvez, para não sentir tanto o nosso próprio envelhecimento.
A realidade é que nada muda, e pouco há a melhorar. É uma ideia pessimista, mas é verdade... é raro quando o balanço de um ano é positivo quando comparado com o anterior. Claro que isto acontece, porque temos a tendência de enfatizar o que houve de mais negativo, mas há sempre mais acontecimentos negativos que positivos durante o ano (ou é isso, ou sou só eu que tenho tido azar!).
Devo dizer que este meu ano não começou da melhor forma... decisões dificeis de tomar (provavelmente a mais dificil que tive de tomar até hoje), momentos que marcaram bem esta minha cabecinha aluada e que me fizeram aterrar à terra e pensar em muitas questões, questões e mais questões. No entanto, seguiu-se logo uma viagem que me fez esquecer temporariamente tantas questões (as viagens provocam esse efeito em mim).
De qualquer forma, acho que já aprendi a lidar bem com tantas surpresas indesejadas que vão aparecendo durante a vida e acabo, essencialmente, por viver um dia de cada vez e, se nun desses dias até está a correr bem, então páro, respiro, vejo e absorvo esse bom momento, essa boa energia, porque mais tarde irei mesmo precisar dela.
Entretanto, depois 200 mil decisões tomadas, de 300 mil maus momentos e de 90 bons momentos, já vamos a meio do ano...

Agora é esperar para ver como é que vai acabar o ano! Pode ser que até lá, vá tomando mais banhos de espuma para acalmar a vida... e o coração.

segunda-feira, 16 de junho de 2008

De volta!


Caros (as) leitores (as),

Estou de volta!
Estas foram, de longe, as melhores férias que tive até agora.
Não são todos os dias que se visitam 8 cidades diferentes em 5 países distintos, num periodo de 15 dias! No entanto, apesar de todas as aventuras, novidades e disparates que poderia descrever aqui, por agora, vou só deixar aqui um beijão aos meus amigos que puderam partilhar comigo esta experiência...

Miga, nunca me tinha apercebido bem o quanto somos parecidas na forma de viajar. São coisas dificeis de descrever, mas é raro quando encontramos alguém que pensa exactamente o mesmo que nós nas mais pequeninas coisinhas (e que ande tanto como nós!). É uma afinidade tão presente, que nem tinha reparado que existia naqueles outros fins-de-semana que passávamos por aí.
Esta é uma experiência que quero repetir contigo.
Conseguiste aturar o meu mau despertar durante 15 dias seguidos, mesmo depois da ressaca de uma noite mal dormida (2h00 de sono?), seguido de um concento espectacular - momento esse que também não o passaria, se não fosse a tua insistência em ignorar as previsões metereológicas (e mesmo assim tinhas razão - não choveu!)!
Conseguiste tranquilizar-me depois das horas desesperantes passadas naquele hospital cheio espanhóis.
Conseguiste suportar o lavatório cheio de meias mal cheirosas penduradas na casa-de-banho.
E isto já para não falar nas manhãs dolorosas provocadas pela vodka (ou foi pelo vinho branco? pelo Martini...?), das dores nos pés e dos escaldões nos braços.
Mas nem tudo foi mau, pois não? Sempre conhecemos o Rubinho, o Carlos, o 'Napoleão', o Capitão hehehehe... vimos Portugal ganhar em dois países diferentes, e, apesar de não gostares do Nuno Gomes, isso também não interessou muito quando o resultado foi a vitória (Portugal só não ganhou ontem, porque não vestimos a camisola!).
És uma querida! Agora é só planear a próxima!

Os melhores anfitreões das 'Englands'.
Nunca me tinha sentido tão bem em casa de amigos...
Sofia, parabéns pela tua casa! Como te disse, quando comprar a minha, contrato-te para minha decoradora pessoal! Adorei o teu 'cantinho' e estou ansiosa para que voltes a Portugal para poder ter o oportunidade de retribuir toda a hospitalidade e simpatia que nos deram.
Alan, You are the Man! ;)
Excelente guia, super paciente, incansavelmente bem disposto.

Obrigado aos três.
Amei do coração!

quinta-feira, 29 de maio de 2008

Férias!!!

Caros(as) leitores(as),

Pois é, cá estou eu em mais um piquete de centro comercial, uma “lufa lufa”, que hoje se prolonga até às 23H00 (parece ser só nestas alturas que tenho um tempinho para me dedicar à escrita).
Bom, é com imenso prazer que informo que irei estar ausente de Portugal nos próximos 15 dias – vou de férias!


O engraçado nos agentes de viagens (pensei seriamente em não generalizar, porque não sei ao certo se é defeito de todos os agentes de viagens ou se é só meu! O mais provável é que seja só meu…), é que “em casa de ferreiro espeto de pau”!
Confusos? É muito simples… Passo a vida a fazer reservas para os outros, para o mundo inteiro; passo a vida a incentivar ao sonho e convencer de que as Caraíbas é que são boas!

“Dengue no Brasil? Naaaa! É seguríssimo! Vá para o Brasil descansado, e até temos um promoção fantástica para Salvador, não encontra melhor!”
“Furacões na Tailândia? Que disparate! Isso é só lá para Dezembro ou Janeiro.”
“Não, em Cabo Verde não chove nesta altura, é óptimo para uns dias de praia!”

Enfim, é sempre a sugerir novos destinos, a pesquisar os voos mais baratos e os hotéis mais centrais. E eis quando chega a nossa vez...



Primeiro vou dismistificar uma série de mitos que vivem à volta desta maravilhosa actividade profissional:



- Epá, no turismo é que se ganha bem! - Pura mentira! Quem trabalha no turismo ou é um grande sonhador ou é um grande parvo! A verdade é que temos mesmo de gostar do que fazemos (nas várias áreas desta actividade), senão não compensa todo o esforço e trabalho que dá vender 'sonhos'.



- Epá (2), não custa nada, aquela gente passa a vida sentada atrás de um balcão e só vende viagens... - Só quem trabalha neste ramo é que sabe a quantidade de informação que nos passa diariamente pelas mãos. No meu caso especifico, convém estar atenta aos emails das companhias aéreas (novidades, promoções, aumentos de combustível, etc); temos também de passar os olhos sobre os email dos operadores (vendem isto, vendem aquilo, temos de encher este charter, vamos cancelar o outro charter); depois é quantidade de brochuras dos vários destinos que convém saber reservar e, cada destino ou cada operador tem uma determinada forma de se reservar; e um bom técnico não pode passar ao lado do domínio dos vários sistemas de reservas que, por sua vez, estão constantemente em actualizações, já sem falar nos procedimentos internos. No meio disto tudo, se a viagem não correr bem, 'cai tudo em cima de nós'!! Não é fácil.



- Epá (3), fartam-se de viajar à borla! - Primeiro, não nos fartamos de viajar... segundo, não viajamos à borla e as vantagens ou facilidades não assim tantas.



Resultado, quando chega a nossa vez de ir de férias, a nossa vez de marcar, já não há paciência, nem tempo para estar a escolher o hotel ideal ou o horário de voo melhor. É mais do género: "Este hotel é central, certo? Então pronto, está decidido!", "Tenho de ficar duas horas no aeroporto à espera de ligação? Opá, não faz mal, reserva-se já este que o que eu quero mesmo é sair daqui!".



E assim se resume a marcação de uma viagem de um agente de viagens, que, quatro dias antes de estar a embarcar, ainda está a ver qual o hotel onde irá ficar em Madrid!!



Darei notícias...

JD

segunda-feira, 19 de maio de 2008

elogio à Banana por Ferreira Fernandes

Caros leitores,

É com um grande sorriso que vejo que, apenas com uma semana de vida, já tenho alguns leitores assiduos do meu blog. Como já referi, já há muito tempo que não escrevia e, principalmente, diários (creio que a ideia original do blog são os "diários virtuais", certo?) - confesso esta ideia de diários até me assustam um pouco nos dias de hoje... só a ideia de manter um compromisso de escrever, de ler, etc, já é complicada! E se for um compromisso diário ainda pior!
Por isso só espero realmente conseguir manter, isso sim, uma assiduidade relativa ao escrever pelo menos uma vez por mês neste blog - esta foi a minha promessa inicial e este mês já a cumpri! Como sabemos, o trabalho, o ginásio e a vida social rouba-nos muito tempo. Vai ser uma promessa dificil de cumprir, principalmente quando já se sonha com umas férias longe de Portugal, sem computadores, sem televisão e, sobretudo, sem telemóveis.

Bom, desta vez não vou escrever nada meu... vou apenas apresentar um texto que achei 'hilariante' e bastante cómico do jornalista Ferreira Fernandes.

E não é que ele até tem razão?

"Por causa do preço do petróleo subiu o dos vegetais e estes tornaram-se vedetas dos noticiários. Nunca se falou tanto do arroz ou do milho. Esta crónica serve para cumprir uma gratidão: apesar da actual notoriedade dos outros, há um alimento agrícola que continua no anonimato. Pior, quando se fala dele ou é com malicioso piscar de olho ou é com desprezo. Falo evidentemente da banana. Da banana que serve de letra para Quim Barreiros ou para classificar repúblicas indignas. E, no entanto, com o arroz, o milho e o trigo, a banana é o quarto espadachim dos alimentos mosqueteiros que matam a fome ao mundo.Também eu não dava por ela, a banana. Ansiava por Maio ou Setembro, quando os barcos que aportavam em Luanda me traziam cerejas ou uvas (em cestos com a fruta acamada em folhas de videira); ansiava por Dezembro, quando subia à mangueira do quintal para encher os dentes de fios e a boca de prazer. E da banana, quando? Não sei pela mesma razão que não se diz que a época do ar está a chegar. Comi bananas como se respira, sem dar por ela. Cinquentão, estou nas minhas 15 mil bananas.Quando eu era garoto, havia uma colecção chamada "Ídolos do Desporto". Biografias quase sempre de futebolistas. Não se sei se Koczis ou Czibor ou Puskas, um desses húngaros da equipa mágica de 1954 que desertaram para Espanha, um deles. Na biografia, contava-se que a ele, chegado a Espanha, ofereceram uma banana. Apalpou a casca fina, equiparou-a a maçã ou pêssego e mordeu tudo. Foi aí que me dei conta que a banana era, por ser rara ou mesmo insólita para alguns, alguma coisa mais do que uma presença certa.Continuei a comê-la como sobremesa, seca e do vale da Catumbela como guloseima, plátano, grande e frita, para acompanhar pratos com azeite de dendém, sem dar por ela. No meu bairro ela era dos raros bens democráticos. Quando eu ia futebolar em campos de brinca-na-areia que viram nascer Jacinto João, José Maria, Dinis, Conceição e eu próprio (sendo que eu próprio, ao contrário dos outros, sou o único que se lembra disso), a banana era o alimento energético trivial. Na minha casa ela entrava em cacho; nas estradas para o mato, eu via gente descalça a comê-la. Em Portugal desglobalizado, antes e logo a seguir ao 25 de Abril, ela foi fruto de luxo. Mas as coisas recompuseram-se, tornamo-nos um país comum e as bananas democratizaram-se. Hoje, no mercado, está a um euro o quilo, a metade e a um quinto dos morangos e cerejas, frutas da época. A banana não nos preocupa e, por isso, não falamos dela. Já a Bíblia não falou. Preferiu criar a fama de outro fruto, menos universal, fazendo-o proibido. Hoje, para se falar de um atributo masculino bíblico, diz-se "maçã de Adão". É irónico e tudo para esconder a banana."

:)

domingo, 18 de maio de 2008

Instituições de solidariedade social alvo da ASAE

Pois é, creio que a ASAE (Autoridade para a Segurança Alimentar e Económica) está mesmo na moda.
Não querendo ser extremista, às vezes, as atitudes que lemos com cada vez mais frequência no Expresso ou no Público, da ASAE, fazem-me lembrar a PIDE.
Não sei bem porquê (se calhar porque ainda não me debrucei bem sobre este assunto), mas parece-me que as inspecções desta Autoridade baseiam-se numa ‘política do medo’.
É que agora parece que qualquer actividade é sujeita a constantes fiscalizações da ASAE e, mais recentemente, até as Instituições de Solidariedade não escapam!
O que acaba por ser deveras interessante é que as instituições de Solidariedade não têm qualquer fim económico…
Será correcto todo este rigor que permite fiscalizar estas instituições? “Ah e tal, porque temos de ver se os alimentos estão fora de prazo, não podemos correr o risco de estarmos a dar aos pobres sem-abrigo arroz agulha de 2007!!” Agora pergunto eu: as próprias instituições não deveriam ver se os alimentos que estão a ser distribuídos a quem realmente precisa estão ou não em condições? Custa-me a acreditar que andem a distribuir alimentos ou outros bens essenciais sem qualquer condição de consumismo.
Não estará a ASAE a abusar do poder que lhes foi atribuído? Eu acho que sim e é neste sentido que digo que se parece mais com a PIDE.

Ainda sobre este assunto, li que “os agentes proíbem as instituições de aceitar alimentos dados pelas populações, exigem os mesmos requisitos aplicados às cozinhas de um restaurante, e estão a deitar fora comida congelada em arcas normais.”

Agora sim estou baralhada… não é suposto ajudar e dar 1Kl de arroz aqueles jovens do Banco Alimentar?

Acho que a ASAE é uma autoridade que abusa do poder e que tem um excesso de zelo e que leva o próprio Paulo Portas a incentivar ao bom senso (nunca pensei poder partilhar a mesma opinião que o Portas! Estou abismada!!).

Outra situação que me faz confusão é a obrigatoriedade de certas empresas de fabrico caseiro, que funcionou desde sempre, sem qualquer problema, ter de encerrar as portas, porque não têm forma (a nível económico) de modificar a sua confecção para que vá de encontro às normas europeias. Imaginamos agora uma pequenita fábrica que deixa de fabricar os famosos pastéis de Tentúgal!! É que para além de destruir o sustento de uma família, vai deixar muitas saudades aos nossos queridos estômagos.

Mas nem tudo está perdido! Já li algures que a ASAE já se justificou com tanto abuso e, como até são uma entidade jovem, é natural que se cometam erros e até estão dispostos a analisar os erros cometidos.
Ora eu até compreendo que haja uma entidade que regule e fiscalize determinadas áreas para evitar o encontro de pequenas baratinhas a nadar no copo de sangria ou que os empregados de mesa usem um avental lavado (afinal os olhos também comem!) ou até que possamos ter casas de banho apresentáveis nos estabelecimentos públicos. No entanto, conseguiram transformar esta ideia num fundamentalismo sem precedentes e agora até corremos o risco de nos tirarem alguma identidade nacional.

Por este andar, a ASAE vai mesmo transformar-se na PIDE do século XXI e tornar a nossa querida liberdade, uma liberdade condicionada pelo medo.

JD

sábado, 17 de maio de 2008

Aquele Abraço

Estava eu a “navegar” pela Internet num daqueles piquetes dos centros comerciais só para ganhar mais uns trocos e dei comigo a pensar que, infelizmente, deixei de fazer tanta coisa que gostava, muitas das vezes por falta de tempo e, principalmente, de paciência. A verdade é que é muito mais fácil chegar a casa depois de mais umas horas de piquetes e adormecer a ver televisão, do que adormecer a ler.
Por isso, penso que há tanta coisa que mudou de à uns 03 anos para esta data! Há 03 anos atrás não dispensava um bom livro, principalmente se o lesse num café da linha, com o solinho a bater nos ombros e com o barulho das ondas ao fundo interrompido pelos latidos do Pastor Alemão que alegremente passeia ao lado do seu dono, ou com o barulho das mães a repreenderem os filhos – “Miguel, larga o braço da tua irmã!”; há 03 anos atrás teria certamente mais vivacidade e mais disposição para sair de casa – ver um bom filme à sessão da meia-noite sem correr o risco de adormecer a meio do filme, sair à noite para dançar (agora o máximo que consigo é ir a um bar beber uma caipirinha ou um martini e “bom, meus amigos, tenho de ir para casa descansar que amanhã é dia de trabalho”). O que é feito das grandes directas e da tolerância do nosso corpo ao álcool nesta idade? Não sei, só sei que o meu corpinho já não aguenta as famosas noitadas e nem a cabeça tolera esse tipo de saídas.
Será isto o sinónimo de velhice, ou melhor, sinónimo de vida adulta, de responsabilidade? Eu acho que sim e é quase uma triste inevitabilidade. Ou é isso ou sou eu que estou mesmo fora deste tempo!
Pois é, duas das coisas que deixei de fazer e que mais me fazem falta foi escrever e ler… mas se calhar estou só numa fase mais interrogativa, de dúvidas, questões e incertezas… questões essas que só nos levam a mais perguntas sem respostas concretas ou sem soluções viáveis.

Enfim, já a divagação me leva para outros caminhos que não o inicial.

Estava eu a dizer que numa das minhas navegações na net como por ligeiro passatempo, acabei por ir dar com um blog que parece estar muito em Vouga nesta “coisa” da Internet e que num dos textos que encontrei, o autor despede-se dos seus leitores com “aquele abraço…”.
Se não conhecesse pessoalmente o indivíduo que escreve esses textos, talvez a mim não me dissesse nada, mas conhecendo o autor as lembranças saltaram-me à memória e não pude deixar de me lembrar “daquele abraço”.
Realmente há tantos gestos que são mesmo pequenitos e que não têm qualquer significado, mas que sabe bem e a mim, sabe bem “aquele abraço”.
Aliás, acho que quando alguém (e falando de alguém, estou a falar de mim própria) está a precisar de algum apoio, mais que as palavras, o abraço de um(a) amigo(a) sabe mesmo bem.

Conheço poucas pessoas que sabem dar um abraço sentido e em condições. Normalmente são só aquelas palmadinhas nas costas, mas “aquele abraço”, que é tão diferente de tantos outros, é um abraço mesmo sentido, quente, que nos faz esquecer do tempo e que nos faz sentir bem e apoiados (e eu que não sou muito de contacto físico posso até dizer que foi dos melhores abraços que já me deram).
e então decidi fechar os olhos e sentir, só sentir... senti o coração a bater, senti a respiração pausada, senti a calma... É realmente incrivel o que um contacto fisico super ingénuo ou até banal pode provocar sentimentos tão profundos...


Não querendo ser cliché, mas acabando por sê-lo, despeço-me com "aquele abraço" para todos aqueles que sabem do que estou a falar!