domingo, 30 de novembro de 2008

Amesterdão

Meus caros cinco ou seis fiéis leitores,

Já voltei da fria e apaixonante cidade de Amesterdão.
No entanto, cada vez mais chego à conclusão que, em cada viagem que faço, me surpreendo menos. Parece que, mesmo apesar de nunca ter estado em Amesterdão, esta cidade não me apresentou muito de novo. Isto poderá acontecer por várias razões: ou porque já vi muitas fotografias da cidade, porque já li muito sobre ela ou porque, como já conheço algumas cidades europeias, as comparações são inevitáveis e, por isso, a novidade deixa de ser uma surpresa.
Uma coisa que achei impressionante foi realmente a quantidade e a velocidade com que os habitantes se deslocam nas suas bikes. Os canais são lindíssimos e o frio foi cortante, mas, nem mesmo assim, foi impeditório de conhecermos Amesterdão toda a pé!
Outra coisa irritantemente impressionante foi a comida e a falta de café: a questão do café já os portugueses estão habituados a nunca conseguirem encontrar um café em condições como cá em Portugal, mas para além disso, é incrível como só se encontra restaurantes tipicamente… mexicanos, argentinos, espanhóis, fast food, Macdonald’s, Burger King, etc., e comida holandesa? NADA!! Acho que aquela gente nem sabe bem o que é comer!
Agora, o que eles sabem bem fazer é fumar! J
Da mesma forma que nós saímos do trabalho e vamos beber um café para espairecer, eles vão aos coffeeshops para fumar. Atenção que na teoria só se fuma nesses “cafezinhos”e lá não servem bebidas alcoólicas para evitar as misturas. Drogas à parte, a verdade é que não se vêem drogados pela rua como vemos em Portugal, e como está tudo legalizado, também não se vêm excessos – acho que o pensamento é um bocado este “amanhã há mais…”.
De qualquer forma, para quem não fuma ou não sabe fumar (que é o meu caso), é completamente frustrante ir às coffeeshops! Mais depressa fico com a ‘moca’ se beber uma garrafa de Beaujolais Nouveau Francês (eleito o vinho do anos 2008) do que a tentar fumar uma ganza!
Para além de Amesterdão ainda conseguimos ir a Ultrech e a Roterdão… somos umas máquinas! O caricato é que, logo no primeiro dia, na chamada “volta de reconhecimento” (que na verdade deveria era ser chamada a volta de conhecimento) andámos tanto (iiiiiiiiiii à roda, à roda), que chegámos à conclusão que tínhamos visto a cidade toda!


Next Stop: Disneyland, Paris!!


O pior de tudo é mesmo voltar a Lisboa, ao trabalho, à neura dos centros comerciais, às más notícias e aos caixotes que tenho de arrumar na minha novíssima casa!


Um abraço
JD

P.S. Posteriormente publicarei a melhor foto do ano e destas férias!!!

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Casino Lisboa

Boas noites!
Aqui segue o post da tortura: quem me conhece sabe bem o quanto gosto de assistir os concertos do David Fonseca...
Aqui segue a porcaria de video que consegui gravar no último mini-concerto que conseguimos assistir.

(Marisa, este é o video em que se ouve menos a nossa cantoria! No entanto, lá estás tu a gritar "É esta que eu gosto" - 'The 80's')





Um abraço & Até ao meu regresso!
JD

sábado, 15 de novembro de 2008

Músicas de Natal

Umas das coisas que mais odeio no Natal são... as músicas de Natal!
Posso até dizer que não suporto qualquer música que tenha a ver com o Natal. Se houvesse um TOP10 das piores e das mais ouvidas músicas de Natal (que até acredito que haja), elegia os seguintes três primeiros lugares:
1º “Last Christmas” do George Michael
2º “All I want for Christmas is you” da Mariah Carey
3º “A todos um Bom Natal” (não sei o autor)

O pior de tudo, e para mal dos meus pecados, é que, quem trabalha em centros comerciais, a injecção é grande!
Hoje começou ensaboadela deste género de músicas, que vai acompanhar as compras de Natal até Janeiro do próximo ano. Até parece que o CD é o mesmo, mas é tocado vezes e vezes sem conta.
E se fazer compras em centro comerciais com carradas de gente aos empurrões, quase por um ‘obrigação’ dissimulada pelo chamado espírito natalício, ouvir estas músicas o dia todo, desde as 10H00 da manhã às 23h00 da noite, é muito pior. É que quem vem fazer as compras de Natal só têm de se preocupar em se desviar dos carrinhos de bebés, dos dedos assassinos de uma desconhecida desatenta, que derrepente decide apontar para “aquela coisa ali” sem reparar que vai uma outra pessoa inocente a passar (e que hoje quase me ia furando um olho) ou em conseguir comprar aquele livro (sim, porque tem de ser aquele livro, senão o mundo acaba já ali. Ora pensem só no transtorno que causa se o livro estiver esgotado? Lá terá de se fazer uma encomenda que demora séculos a vir ou então tem que se palmilhar todos os outros centros comerciais de Lisboa até encontrar o desgraçado livro)!

No entanto, nem tudo é mau no Natal... e eis que o famoso David Fonseca presenteou-nos, já o ano passado, com a sua cover do famosíssimo tema “Amazing Grace”. Não posso deixar de referir que, apesar de ser um dos cantores portugueses mais criticados por fazer bastantes covers, é dos poucos artistas que consegue transformar os covers bem melhores do que os originais. “Amazing Grace” não é excepção. Ora percam lá 05 minutinhos no YouTube e espreitem essa versão que vale a pena!

(Falando em David Fonseca, não posso deixar de agradecer aos meus queridos amigos que, depois de assistirmos ao último concerto que ele deu no Casino de Lisboa e depois de uma atribulada perseguição ao carro da Rita Red Shoes, que simpaticamente deu boleia ao David, ainda decidiram ir a correr - literalmente a correr - para descobrir que o David é vizinho deles! É caso para dizer "Agora sei onde moras"!! Temos perseguidores...)

(Entretanto, nem acredito que neste preciso momento estou a ouvir o “Jingle Bell”)

Boas compras natalícias!
JD

Os nossos "profs"

Hoje fui confrontada por uma situação caricata.
Não sei bem porquê, mas o Chiado é uma zona em que, na Agência, apanhamos de tudo! E, acreditem, ouve-se com cada história...

Desta vez, veio ter connosco um professor, vejam bem, de Economia, a solicitar ajudar no sentido de podermos fornecer alguma documentação sobre Agencias de Viagem, de modo a ajudar a leccionar a sua cadeira, que (já nem me lembro bem o nome pomposo) tinha qualquer coisa a ver com Organização de Empresas Turísticas. Nelas, enquadram-se as companhias aéreas, a Hotelaria, as Agência de Viagem, etc...
O curso que o senhor estaria a dar era um daqueles técnico-profissionais em que os alunos teriam 03 anos de aulas que correspondiam do 10º ao 12º ano.
E eu pensei cá para os meus botões: ‘como é que é possível os alunos saírem bem preparados para o mercado de trabalho se o Ministério coloca professores licenciados em Economia a dar, segundo o senhor, pela primeira vez, aulas de técnicas de turismo? É óbvio que estes alunos vão sair do curso sem saber sequer como funciona uma Agência! É assustador!
À medida que a conversa ia-se alongando, mais perplexa eu ficava... Então o senhor veio à FNAC para ver de um sistema qualquer informático para poder aplicar nas suas aulas, em que consistia +/- numa actividade prática muito estúpida: pelo que entendi, os alunos, com esse sistema, teriam de “desenhar” ou fazer uma maquete de uma Agência de Viagens, porque, pelas próprias palavras do senhor professor, “vou fazer assim, pois já sei que vai ser difícil fazer uma visita de estudo às agências de viagens”. E, mais uma vez, eu pensei: ‘OHHH Meu Deus!’
Resumindo, o senhor não faz ideia do que é trabalhar com o Galileo ou com o Amadeus, não faz ideia do que é o atendimento ao balcão, não faz ideia qual a funcionalidade de um voucher, não sabe como é que as brochuras chegam às lojas, as diferenças entre o operador e uma agencia de viagens,... enfim, o básico!

Bom, não sou nada contra os cursos técnico-profissionais, aliás, até acredito que nesses cursos, os alunos até podem sair melhor preparados para o mundo do trabalho, uma vez que devem ser mais práticos e, para quem quer trabalhar numa agência de viagens, acreditem que a prática é tudo. Mas o problema é que, estes alunos não vão aprender nada, quando os professores que dão as aulas, não percebem nada do mercado, do que estão a dizer...

Como é natural, a conversa foi dar ao assunto da actualidade: a avaliação dos professores. Ainda não tinha pensado no assunto, mas, vendo bem, sou a favor destas avaliações, principalmente depois de ouvir tanto disparate da boca de um professor que dá aulas desde 1988!
Quem é que ainda não teve um professor que, anos após anos dá a mesma matéria, os mesmos apontamentos; ou que, na faculdade, dá matéria de 10º ano (isto é flagrante, e aconteceu com o nosso ano em geografia e, lá está, tivemos de expulsar a ‘Prof’ da faculdade!); ou ainda, que se limita a ler o que está nos cadernos.
Por isso acho que, da mesma forma que os alunos têm de ser constantemente avaliados para poderem estar minimamente aptos para mundo profissional, os ‘profs’ também têm de ser avaliados por aquilo que fazem, até porque é com base naquilo que fazem que podem surgir, ou não, os bons profissionais.

Acredito que, para que os professores sejam mesmo bons no que fazem na sala de aulas, têm, antes de mais, de ter a prática na ponta de língua. Se o professor tem de dar uma aula de técnicas de turismo, é essencial que saiba trabalhar, ou pelo menos, que saiba o que se passa dentro de uma agencia de viagens; se o professor dá aulas de arquitectura, os bons professores, têm de ter um projecto qualquer em mãos... Só assim é que podem transmitir os seus conhecimentos de forma mais eficaz, porque a teoria não é tudo!
Os melhores professores que tive na faculdade, foram aqueles que trabalhavam no ramo!

Desculpem lá senhores professores, mas é a minha modesta opinião: para estarem lá, ao menos que saibam o que andam a fazer com nosso futuro!

Beijos e Abraços
JD