sábado, 16 de agosto de 2008

Um bocadinho de mim!

Pois é... a semanita no Algarve também já era!

Todos os anos, desde que me conheço, vou para Monte Gordo. É lá que faço a vida estúpida que não posso ter ou fazer aqui em Lisboa: Estamos literalmente a 20 passos da praia, temos a possibilidade de almoçar e jantar todos os dias numa varanda invejável, e depois entramos numa rotina científicamente impossível de quebrar, apesar de todos os esforços humanos, que é levantar +/- cedo, tomar o pequeno-almoço (torradinhas e leite com cinco colhetes de chocolate), chegar à praia quase ao meio-dia, ficar a torrar até às duas da tarde, voltar a casa, fazer a salada e pôr a mesa. Depois é a trabalheira de decidir quem é que vai lavar a loiça, a trabalheira de levantar a mesa e a trabalheira de ir ao café. Nisto são cinco e meia da tarde... toca a ir para a praia outra vez, toca a estender a toalha na areia e, se tiver sorte, pode ser que ainda consiga dormitar um bocadinho ao sol. E como a praia é mesmo ao lado de casa, temos o privilégio de poder ficar a tomar as banhocas até ao pôr-do-sol. Oito da noite, já o sol se vai escondendo, são horas de chegar a casa, tomar banho e jantar. Quando damos por nós já é tão tarde que até os café já estão fechados e as barraquinhas das farturas já nem têm churros.

E esta foi a minha cansativa rotina da passada semana (vista da minha prespectiva, claro, porque há ainda a prespectiva de quem tem que grelhar o peixe, de quem tem que ficar a jogar à bola interruptamente na praia e de quem tem que cortar a melancia aos quadradinhos)!

Mas o que gosto mesmo é chegar a Lisboa de cabeça fresca, com vontade de distrubuir boa disposição a todos os que invejam o nosso bronze e, ainda melhor que tudo isto, é o ar saudável que apresenta a nossa carinha que, especialmente nesta altura, dispensa qualquer tipo de maquilhagem e sem necessidade de colocarmos o anti-olheiras habitual. As únicas marcas que temos são as do biquini!

No entanto, Monte Gordo não é Monte Gordo sem a nostalgia e as saudades de alguém muito especial, que já teve a oportunidade de gozar conosco aquele mesmo sol, aquela rotina, as palhaçadas de sempre, as decisões que marcam as saborosas refeições e aquela varandinha. Para tentar perceber um pouco melhor estas saudades fui roubar um pouquinho daquele por-do-sol, daquela chaminé, daquela vista, mas descobri que esse cantinho ainda tem o mesmo cheirinho e a mesma presença que é a tua e, independentemente de tudo, descobri que esse cantinho é teu. Não há ninguém que se senta atrás dessa chaminé e não se lembra de ti... ninguém mesmo. E apesar das saudades, é bom sentir que ainda andas por aqui.

Um abraço JD

Sem comentários: